SBACV MG alerta para trombose venosa
Reunião Multidisciplinar, dia 21 de outubro (sábado), 8h30 às 12h30, na sede da AMMG fala da principal causa prevenível da doença entre pessoas hospitalizadas
Para o presidente da SBACV-MG, Daniel Mendes Pinto, por ser uma doença comum e sua incidência ter aumentado devido ao envelhecimento da população, o médico deve saber os sinais e sintomas da trombose venosa e seu tratamento, importante para o diagnóstico precoce. “Na fase de controle dos sintomas, seu papel também é importante para o acompanhamento dos pacientes”, explica.
Mendes chama a tenção para o fato do problema ser totalmente prevenível. “A formação de trombos obstruindo a circulação venosa e o desprendimento deles para outras partes do corpo pode ocasionar, por exemplo, a embolia pulmonar. Um quadro grave onde a pessoa tem séria dificuldade de respirar, podendo levar ao óbito.”
Além dos fatores predisponentes do desenvolvimento da doença estão a inatividade física, obesidade, pouca movimentação das pernas, ficar muito tempo assentado e o tabagismo. Dentre a população de risco se inserem as pessoas hospitalizadas ou que estão incapazes de andar normalmente. “A hospitalização reduz a mobilidade. Imobilizações por fraturas ou cirurgias também são fatores de risco. No indivíduo que não está internado, os hábitos de vida são determinantes na prevenção do problema”, pontua o especialista.”
As principais sequelas da trombose venosa de membros inferiores consistem num conjunto de alterações que causam desconforto crônico ao paciente. Dentre eles, numera o angiologista: a formação de edema crônico, dor intensa na perna comprometida, alterações como o endurecimento da pele e até o aparecimento de feridas. A estas alterações é dada o nome de Síndrome Pós-Trombótica.
Participam também a Sociedade Mineira de Pneumologia e Cirurgia Torácica (SMPCT), Sociedade Brasileira de Clínica Médica – Regional Minas Gerais (SBCM-MG), Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), Sociedade Mineira de Cardiologia (SMC) e Sociedade Mineira de Medicina do Exercício e do Esporte (Smexe) e a Sociedade dos Acadêmicos de Medicina de Minas Gerais (Sammg). A Reunião Multidisciplinar é promovida pela diretoria científica da AMMG. Inscrições: seaci@ammgmail.org.br ou (31) 3247 1619.
Tratamento
– Podem ser usadas medicações injetáveis ou orais;
– A maioria dos casos pode ser tratada com anticoagulantes orais, por um período variável entre 3 meses a 6 meses, 1 ano ou até mais;
– Algumas tromboses extensas devem ser tratadas com a pessoa internada e usando anticoagulantes injetáveis ou venosos;
– A cirurgia é pouco comum e feita em casos graves, como inchaço muito grande do membro, nos quais há a necessidade de desobstrução rápida.
Cuidados em voos prolongados
– Voos acima de 6h têm maior risco para o desenvolvimento de trombose;
– Evitar dormir com a perna dobrada na mesma posição;
– Hidratrar-se bastante pois o ambiente do avião tem reduzida umidade do ar;
– Movimentar as pernas (pode ser feito assentado, curvando o pé para cima e para baixo várias vezes sucessivamente);
– Evitar ingestão alcoólica durante o voo (pode causar desidratação e consequentemente levar à trombose);
– Usar meia elástica compressiva;
– Para quem já teve um episódio de trombose venosa ou embolia pulmonar tratados, usar anticoagulantes para prevenir o problema.
Fonte: Assessoria de Imprensa da AMMG